A 16º edição do Dragão Fashion Brasil (DFB) aconteceu no terminal Marítimo de passageiros do Porto de Fortaleza, e com certeza teve a sua melhor estrutura de todos os tempos. Mesmo com uma edição mais enxuta, o evento contou com 32 desfiles e com uma programação multicultural, incluindo cursos, festas e um espaço destinado a gastronomia, que valeu a pena conferir!
Como já é tradição o DFB fez seu concurso de novos talentos que contou com trabalhos de universidades locais e de outros estados, que apresentaram um material de excelente qualidade. Na passarela também foi destaque as coleções de Gisela Franck, inspirada no surrealista de Salvador Dalí, e repleta de tecidos, de fibras naturais como organza de seda pura, linho, crepe e palha, apresentando peças que são a cara da moda autoral cearense.
Ainda citamos o baiano Vitorino Campos, com sua coleção saída direto do line-up do São Paulo Fashion Week (SPFW) verão 2016, que mesmo não tendo uma relação direta com a nossa moda, estava perfeita. Também merecem destaque Ronaldo Silvestre, de Minas Gerais, Riccardo San Martini, do Rio Grande do Norte, Jeferson Ribeiro, da Bahia, e a multinacional Riachuelo (RCHLO), Melk ZDA que nos deu a honra de voltar as passarelas no DFB e claro, o aclamado Lino Villaventura, com suas peças que são objetos eternos de desejo.
Mas, uma pergunta foi feita em uníssono: Cadê os dragões do Dragão? Pois, mesmo com grandes talentos da nossa moda como o estilista Ivanildo Nunes que levou para a passarela vestidos maravilhososss, inspirados no olhar de Oscar Niemeyer e Lindebergue Fernandes, que arrasou desfilando uma coleção com a pegada dos anos 70 e que sem dúvida, representou com perfeição o seu DNA, parabéns! Nomes como Mark Grainer, Mar del Castro, Kallil Nepomuceno e Alysson Aragão fizeram muiita falta! Seus desfiles são tradicionais no evento, extremamente esperados e que sempre lotam as salas. Talvez, tenha sido essa uma das razões de ter sobrado lugares em todos os desfiles, algo inédito no DFB.
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Melk ZDA, Riccardo San Martini, Ivanildo Nunes, Lindebergue Fernandes e Gisela Franck - DFB 2015. Fotos: DFHOUSE |
Outra mudança foi a assessoria de imprensa que deixou muitoo a desejar, pois limitou tanto o acesso às salas de desfiles, aos veículos destinados a cobrir o evento, que foi necessário que o público também ocupasse a fila A, outro fato inédito. Mesmo assim, Cláudio Silveira manteve a tradição de levar para os amantes da moda um grande espetáculo, parabéns! Já estamos ansiosos para ver o que acontecerá na edição 2016! Será que os dragões voltarão?
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