A oitava edição do MaxiModa, Seminário de
Business de Moda do Nordeste aconteceu na última sexta-feira (21/08) no Cine
UCI Ribeiro - Iguatemi. O evento criado por Márcia Travessoni sempre leva ao público um ciclo de palestras com
o objetivo de transformar o cenário da moda no Ceará. Este ano um dos destaques
da programação foram as palestras de Carlos
Ferreirinha (presidente da MCF Consultoria, líder brasileira em gestão de
luxo) e das irmãs Damylla e Jordana
Damiani, que estão à frente do estilo e do setor comercial da marca de
jeanswear Damyller.
Carlos
Ferreirinha que também é ex-CEO do Grupo Louis Vuitton no Brasil, falou
sobre gestão de luxo no País. Ele começou falando que o brasileiro era simplório, que nos últimos 20 anos passou por um ciclo de amadurecimento, um bom exemplo disso
era o Leite de Rosas que era o preferido da nação. E atualmente temos grandes
marcas internacionais abrindo lojas cada vez mais no Brasil. E que, portanto, é
necessário entender as mudanças que aconteceram para traçar estratégias de
vendas mais eficientes.
Ferreirinha
falou sobre importância das redes sociais, dizendo que o Instagram é a maior
ferramenta de estímulo de vendas no Brasil e a maior parte das empresas
ainda não sabem usar. O facebook é basicamente o que era o site das empresas no
passado, e o site das empresas virou o Wikipédia.
A média mundial de conexão online é de 3h e meia, e a
média brasileira é de 9.6, isto é, quase
10 horas. Então, precisamos readequar as nossas estratégias e da nossa
capacidade de entender o que está acontecendo no nosso país. O Brasil de hoje é
diferente do simplório de 20 anos atrás, hoje somos um país de lojas apple,
forever 21 que são marcas que estão se expandindo para o nordeste e
centro-oeste. Precisamos entender o que eles fazem para despertar tanto desejo.
Mas, algo muito interessante é que um dos restaurantes desejo da região sudeste
é daqui, que é o Coco Bambu. Sendo um dos restaurantes mais desejados pelos
shoppings de São Paulo e Rio de Janeiro. É uma grande mudança do nosso mercado!
O produto precisa ser interessante, bom e atingir relevância contemporânea, ou
seja, dialogar pelo desejo e não pela necessidade. Estamos no momento de
despertar sensações e isso o mercado de luxo faz muito bem e o Brasil precisa
aprender a fazer.
“O
Paladar não retrocede”
Segundo Carlos: “Nem todas
as marcas podem ou devem ser de luxo, mas todas as marcas podem aprender com a
inteligência desse tipo de gestão”, e todo empresário precisa ter em mente que,
mesmo em tempos de crise, o paladar
brasileiro não retrocede. Por exemplo: ninguém tem saudade de dirigir um
carro com direção dura, depois de ter um com direção hidráulica. “As grandes
marcas se reinventam sempre para continuarem vivas”. E nós precisamos fazer
isso também!
Damylla
e Jordana Damiani
As
irmãs Damylla e Jordana Damiani, que
estão à frente do estilo e do setor comercial da marca de jeanswear Damyller, encerraram o evento em grande
estilo. A marca já abriu 124 lojas próprias, possuindo espaço em Boston, nos
Estados Unidos, e na Galeria Lafayette, em Paris. Durante a palestra explicaram
a necessidade de fazer um reposicionamento da marca, que era muito tradicional
e hoje, aderiu aos catálogos e aprimorou os seus processos criativos. “Nós
sentimos necessidade de profissionalizar a marca cada vez mais”, disse Jordana.
Destacaram a importância do uso do banco
de dados e das novas tecnologias
para saberem exatamente quando, por quem e qual peça foi comprada em qualquer
lugar do País. E em cima dessas informações e das pesquisas de tendências é que
as coleções são criadas.
A
personalização do cliente também é
um ponto forte da Damyller, por isso, o seu grande diferencial é ter várias
opções de ganchos e shapes de jeans.
Segundo Damylla:
“O
nosso maior desafio é encantar o cliente, lançar peças novas, reinventar os
processos. É impossível ir na Damyller e não achar o jeans perfeito para você”.
A
marca também é referência em sustentabilidade, pois adota estratégias
ambientalmente sustentáveis, sendo comparada com marcas internacionais. Toda à
água usada durante a confecção das peças é tratada e devolvida aos rios, o que
gera uma economia de 42 milhões de litros. Um grande exemplo a ser seguido!
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